Sempre me sensibilizaram os monumentos erguidos em nome do soldado desconhecido, vítima anónima de uma qualquer guerra mundial. Mais que estátuas que homenageiam políticos e chefes militares, toca-me o reconhecimento conferido às vítimas diretas de um conflito para o qual não foram ouvidas nem achadas.
Estou certo de que irão ser propostas homenagens às vítimas da atual epidemia Covid-19. Com toda a justiça, uns clamarão: aos profissionais de saúde; aos políticos que delinearem a estratégia de combate à epidemia; aos idosos, grupo etário mais vitimado … outros, mais ciosos, irão pôr-se bico de pé exigindo o lugar de “primus inter pares”.
Face ao tamanho e relevância dos eleitos, receio que ninguém se lembre de propor que seja erigido um monumento à vítima desconhecida prestando o devido tributo a todos, incluindo aos trabalhadores das profissões menos reconhecidas.
Bem sei que é cedo para o fazer, mas, para que conste, fica a proposta feita.
Jorge Almeida, médico Cardiologista
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